A escolha de Tombini parece muito boa, pois sua opinião elogia tudo o que o nosso Banco Central tem de melhor, a regulação do mercado e a responsabilidade que o mercado financeiro tem para se garantir. Coisas que o mercado bancário americano não teve, e foi preciso dinheiro público para salvar os bancos das trambicagens financeiras deles próprios.
Um detalhe importante para esse foco: ele é diretor de normas.
Fora isso, em momento nenhum ele faz referência a acertos nas taxas de juros. Pelo contrário, para não concordar com o conservadorismo, "puxa a orelha" do comportamento da instituição com uma delicadeza incrível, chamando-a de "cautelosa"
O trecho a seguir resume bem isso:
O diretor de Normas afirma que a regulação e a supervisão do sistema financeiro no Brasil foram responsáveis pelo êxito do País na crise. “Se no exterior as normas permitiram a realização de empréstimos com base em créditos de natureza duvidosa, no Brasil, o ambiente regulatório desenvolvido pelo banco central, por vezes dito como sendo excessivamente conservador - mas que eu qualificaria mais como cauteloso, eficiente e avançado -, impôs regras firmes que mantiveram a estabilidade do sistema financeiro nacional.”
E porque eu acho essa uma ótima notícia? Porque a imagem que o mercado financeiro faz do governo, pode pesar muito para a imagem a ser construída pela mídia, principalmente se negativa. Basta ver como a mídia vendeu a idéia de que o disparo nos valor do dólar, no Risco Brasil e queda do índice Bovespa era pelo crescimento de Lula nas eleições de 2002.
Aparentemente, teremos alguém com um pensamento progressista, e que poderá colaborar com a meta de Dilma para reduzirmos a taxa de juros real para o patamar de 2%.
Só para termos uma noção, simplificando, a taxa de juros real é diferença entre a taxa Selic e a inflação. O que hoje daria algo na casa dos 6% ao ano.
Matéria completa: http://exame.abril.com.br/economia/politica/noticias/o-que-tombini-pensa-sobre-economia
Felipe, realmente é importante que o titular deste cargo inspire confiança e acredito ser por isso que Dilma escolheu o titular deste cargo antes da maioria da nova equipe de governo.
ResponderExcluirMas tenho minhas dúvidas se nosso Banco Central consegue regular e manter a "saúde" do sistema financeiro como ele afirma. O caso do banco Panamericano do Sílvio Santos reforça minha dúvida.
Quanto aos "responsáveis pelo êxito do país na crise", não podemos deixar de considerar também a importância de um mercado consumidor interno fortalecido pelo aumento do salário mínimo e pelos programas de transferência de renda. Sem contar a "injeção de ânimo" que o Presidente deu na população quando foi à TV recomendar que a população comprasse pra manter a economia aquecida.
De qualquer forma o novo presidente não é "banqueiro" como a grande maioria dos seus antecessores. Desde Gustavo Franco (no primeiro mandato de FHC)isso não acontecia. Com a diferença de que este era do meio acadêmico e o futuro presidente é funcionário de carreira.
Considerações perfeitas!
ResponderExcluirMeu intuito era mesmo mostrar que a opção por Tombini parece acertada, não que o Banco Central tenha sido o volante da retomada do crescimento.
Recomendo leitura deste pequeno artigo do Nassif sobre o mesmo tema.
ResponderExcluirhttp://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-banco-central-com-tombini