Merval,
Prometo que este email vai ser o último da campanha.
Tive vontade de lhe escrever sobre sua coluna de sábado – 29 de outubro - mas achei que seria uma covardia. Suas ilações me reportaram a um coelhinho perdido em busca da casinha, coisa de antigos parques diversões aqui do interior de Minas. Você foi patético, reconheça. Rodava pra lá e pra cá tentando arranjar um jeito de salvar os números desfavoravéis a Serra nas pesquisas.
Com o resultado, vai começar a dizer que “ o Brasil ficou dividido”. Não tenho dúvidas. Mote fácil para você e para os outros colunistas do Globo, da Folha e do Estadão, somando-se ainda o catatau de articulistas que seu jornal fisgou no “ fim de feira”. Um desespero inútil e melancólico, porque incapaz de atingir os porteiros e as empregadas domésticas.
Não deu, Merval.
O “aparelhamento do estado” pelo PT vai continuar. O desrespeito à “ liturgia do cargo!” também. Os chavões e clichês vão permanecer em suas crônicas – uma espécie de uivo para a lua.
Nenhum rancor meu, Merval. Deste escriba sem fama que só procurou apontar suas incongruências.
Encare a verdade com magnimidade, com respeito. Faça um polimento no seu estilo de escrever. Você é o pior colunista de todos os que estão à mão para falar pelos patrões - os marinhos, os civitas, os frias e os mesquitas.
Você escreve mal, muito mal.
Presumo ser duro todos os dias ter que obedecer ao manual de redação do empregador. Mas entendo, é o seu ganha pão.
Eu já passei por isso, Merval. Em outras circunstâncias, é claro. Consegui me safar, mas tenho amigas que trabalharam muito mais tempo humilhadas sob a espada dos contramestres. Conhece esse palavra? Evidente que não, isso é coisa de operário de fábrica.
Não te peço que apoie um governo Dilma. Peço apenas que, a priori, não lhe queira mal. Ela vai ser a presidente do Brasil, quer você queira ou não. Ajude-a a dar certo, Merval. Vai ser bom pra você, para seus filhos e netos, se os tiver.
Se não tiver jeito, passe os quatro anos de mandato de Dilma Roussef – a candidata que você chamou de " laranja” do Lula – atacando-a sem piedade. Vai lhe garantir a publicação de “O Dilmismo no poder”, futuro best-seller da ciência política no Brasil.
Atenciosamente,
Carlos Torres Moura,
um brasileiro como outro qualquer
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ResponderExcluirConcordo ipsis literis com tudo o que escreveu Carlos Moura - esse menestrel que reverbera os sentimentos, as vozes e os desejos de respostas de milhares de brasileiros a esses jornalões tradicionais do Brasil(marinho, civita e frias), em contrarespostas a seus colunistas capachos: merval, clóvis rossi, noblat et caterva. Dentre estes destaco dois que são a nata do deboche, do quanto pior melhor, da escrita que visa à DESQUALIFICAR POR DESQUALIFIAR(sem justos motivos ou provas cabais): MERVAL PEREIRA(O GLOBO) e CLOVIS ROSSI(FOLHA DE SÃO PAULO). Parabéns Moura, mais uma vez você foi brilhante.
ResponderExcluirFernando Batista dos Santos
Cataguases MG
Carlinhos,
ResponderExcluirOntem no globonews estava um historiador analisando a vitória de Dilma e confirmando algumas de suas opiniões. Por exemplo, que Lula conseguiu eleger uma pessoa "desconhecida" da maioria da população graças a sua popularidade. Algo raro de se ver. Merval Pereira estava ao lado do historiador e ficava de cabeça baixa ao ouvir as avaliações do professor de história enumerando as qualidades políticas de Lula.
Essa ele teve que engolir ao vivo.
um abraço e parabéns.