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domingo, 5 de junho de 2011

Merval na ABL: já estão na moita Tiririca, Ratinho, Luciano Huck e Ana Maria Braga



















Por Carlos T. Moura

Merval Pereira, o serviçal mais dileto da família Marinho, está com tudo e não está prosa. Aliás,de prosa ele entende tanto quanto eu de engenharia.

Eleito para a Academia Brasileira de Letras para ocupar a cadeira número 31, derrotou nada mais nada menos do que o escritor Antônio Torres, com prestígio e prêmios que dispensam comentários.

Como somos "amigos" de trocas de e-mails do último período eleitoral, não resisti em coçar-lhe o ego (e bota ego nisso!) e mandei-lhe uma carta de distinto apreço e de sincera consideração.

Entre os inúmeros comentários que li sobre essa aberração, o melhor foi um no blog do Noblat, sucinto e definitivo:

"- Parabéns Incitatus Mervalis"


Prezado Merval Pereira,

É com incomensurável aprazimento que venho cumprimentar-lhe por sua recente eleição como novo membro da Academia Brasileira de Letras.

Fez-se assim o reconhecimento de sua prolífera, matizada e estilisticamente irretocável prosa literária, exibida diariamente nas páginas de “O Globo”.

Prosa que veio a originar o alentado enfeixe denominado “O Lulismo no poder”, compêndio cuja contribuição à história do jornalismo imparcial nas terras brasileiras parece não ter paralelo.

Sua presença nos salões machadianos da Avenida Presidente Wilson – logradouro cujo nome desatualizou-se e que, hoje, poderia ser mais adequadamente chamado de Avenida Presidente Bush – irá, com certeza, dignificar uma casa onde pontificam alguns nomes seminais de nossas letras, como Marco Maciel, Paulo Coelho e Ivo Pitanguy.

Da mesma forma, resgata-se a força de personalidades que ajudaram a transformar a cultura escrita nacional e que a ABL abrigou, meritoriamente, em suas fileiras e em seus anais: o General Lyra Tavares, que publicava seus poemas sob o brejeiro pseudônimo de “Adelita”, o presidente Getúlio Vargas e, principalmente, o Doutor Roberto Marinho.

Aguardo sua posse, quando espero vê-lo em fotografia na primeira página de seu jornal, ataviado por belo fardão. Cujos custos, por tradição, deverão ser bancados pela empresa onde você presta, há anos, os seus melhores serviços.

Cordialmente,

Carlos Torres Moura