Blog da Família Sereno
Esse é o Blog da Família Sereno, mas também dos Mouras, Maias, Cardosos, Araujos...
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Carta aberta ao Incitatus Mervalis
domingo, 5 de junho de 2011
Merval na ABL: já estão na moita Tiririca, Ratinho, Luciano Huck e Ana Maria Braga
Por Carlos T. Moura
terça-feira, 10 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
O Veríssimo no Estadão
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.
por Luis Fernando Verissimo
sexta-feira, 8 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
Caetano Veloso : quando a lambada é no próprio couro
Por Carlos T. Moura
Caetano Veloso está sentindo no lombo a dor do relho que, em costa alheia , não percebera.
Em sua coluna de domingo, 27/03, no globo, saiu enfurecido em defesa da irmã Maria Bethânia, vítima de uma campanha sórdida de blogueiros e redatores da nossa calhorda e medíocre grande imprensa.
Por causa de um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, que prevê a captação de R$ 1,3 milhão para o blog de Bethânia, criou-se na internet (e na mídia impressa) um carnaval udenista em defesa do dinheiro público.
O bloco sujo veio composto pelos “clóvis” de sempre, batendo nos desafetos suas bexigas de bosta. Entre eles os indefectíveis Ricardo Noblat(globo) e Reinaldo Azevedo(veja). Outros menos famosos entraram rapidamente no cordão, primeiro induzindo o leitor ao erro de pensar que a grana seria disponibilizada pelo MinC. Depois, mesmo que justificando tratar-se de captação de recursos junto à iniciativa privada, com base em renúncia fiscal (com baixos percentuais de dedução no imposto de renda), a campanha se estendeu, num processo de achincalhe à figura de Bethânia e do diretor dos filmetes de poesias que fariam parte do blog, o cineasta Andrucha Waddington.
Talvez agora Caetano comece a entender o que não entendeu durante a campanha eleitoral. Foi ele que repetiu, em sua “marinice” assumida em torno da candidata verde (em todos os sentidos), a ladainha dos jornais sobre Lula, especialmente quando este reagia à orquestração desqualificatória de sua pessoa.
Caetano chegou a afirmar, na primeira crônica em que jogou purpurina no governo Dilma, que estava cansado do palavreado tonitroante do metalúrgico (as palavras foram outras, mas o sentido é o mesmo). Muito do que o compositor de “Cê” dissera antes da eleições já eram clichês advindos das manchetes rancorosas contra o presidente. Incluindo sua varada n´água ao “acusar” Lula de analfabeto, ou de semi, sei lá (embora não existam “semi-analfabetos” e sim “semi-alfabetizados”).
Seu texto é praticamente irretocável, ao defender a irmã. Quem de nós não o faria? O que ele talvez não tenha notado é que Bethânia entrou nessa história como uma “inocente útil”. Caetano não se tocou quanto ao obscuro objeto do desejo que visava, simplesmente, somar mais um aos mil factóides diariamente criados pela escola de samba sustentada pelos “bicheiros das prensas”, os donos das quatro publicações de influência nacional, enfileirados para a desqualificação do PT e de Dilma.
A manobra começou pela tentativa de jogar na sarjeta a ministra Ana de Holanda e,por tabela, botar o irmão lulista no camburão, nada mais nada menos que Chico Buarque.
Mas, ao fim e ao cabo, tudo é uma fabricação de escaninhos para chegar ao “judas” que se desencarna e que desengonçou, desestabilizou, redesenhou e enquadrou o quinto poder das quatro “famiglias” que há décadas mandam e desmandam no país. Um tal de Lula da Silva.
Nem a ditadura militar, fardada em sua prepotência, teve a coragem dele.
Se eu pudesse sopraria aos ouvidos de Caetano a desnecessidade de citar Nietzsche para tratar do assunto. Ou de buscar suporte no Hermano Vianna. Pediria-lhe, tão e simplesmente, que refletisse sobre a briga que ele está comprando, mesmo tendo o foro privilegiado, ao escrever para um órgão do esquemão.
Caetano, gênio da raça: se você sentiu no fígado como eles tratam um doce de coco elegante como a Bethânia, imagine o que são capazes de fazer com um líder sindical do ABC - gordo, desaforado e que nunca deve ter lido Fernando Pessoa.
Que se elegeu na dificuldade do voto democrático, segurou o país nas rédeas por oito anos e, o que mais eles odeiam: fez a coisa dar certo.
Notas:
- o texto de Caetano está aí em baixo, na íntegra
- no lugar dele, não escreveria o nome de Reinaldo Azevedo (mesmo com o bom humor do “nem morta”); de blogueiro e de jornalistas serviçais cuidamos nós, escribas sujos e desconhecidos da internet; Caetano é muito grande para deixar às mãos dos pesquisadores do futuro uma polêmica com um assalariado da família civita;
- entendi perfeitamente que a veia de Caetano crescesse ao se referir ao Noblat que, sob o manto de publicar e de gostar poesia e jazz , sempre foi um jornalista que agiu - escrevendo bem - aos ventos momentâneos de seus patrões ;
-mas nunca suporia que Caetano fosse capaz de cravar uma frase como fez sobre o Noblat, insinuando uma “parceria extra-curricular(!) com a jornalista Monica Bergamo” - parece que a pancada atingiu-lhe outras partes, além do fígado.
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